Já não quero ser brumaça com tentáculos nas mãos do fogo mas folha renascida brilho prata entre trigo repartido. De que lado moras tu? na presença abandonada dos raios da lua ou na serpente envenenada dos maios da rua ? Eu habito aqui. E tu porque partes se nos beijos do mar há canções algemadas no sonho diluídas? Eu quero ficar. Encher de verdade os gritos e transbordar as mãos caladas de infinitos. Sidónio Bettencourt Do livro " Deserto de Todas as Chuvas "
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