O TEU CORPO... Deixa-me acordar, sorrir, esbracejar Em cada alvorada de sonos inquietos Pensamentos lentos, lista de afectos Tua voz sentir, acto de inventar Desenho o teu corpo enquanto desperto De suave tecido em mãos de ternura Que beijo e rebeijo com tanta doçura E amo e possuo como se estivesses perto Que venham sóis, chuvas ou tormentas Que toquem os sinos abordando rebates Que caiam ferros, pedras, alicates Que as bocas estejam secas e sedentas Oh... como adoro o teu corpo de frescura Razão das razões... toque de magia Que invade o meu, deixando nostalgia Saudade intensa, retrospectiva pura Corpos colados, invasão das mentes Selados em lençóis ou calmas areias Torcendo, mexendo, como centopeias Acabando molhados, sôfregos, ardentes Adoro o teu corpo de sonho e desejo... Suporte de um todo que vejo e revejo. Ângelo Gomes – 18 de Outubro de 2004
Partilha de poemas ou textos que li e gostei