Na crista das ondas, voguei Na barca da minha vida... Tinha largos horizontes, Mesmo de esperança perdida.... Depois, a brisa soprava.... E a barca, lenta, seguia.... Vagarosa navegava, E incerta, lá ia, lá ia, E nas ondas balançava... Mesmo de remos partidos, Ao sabor do mar corria... E assim, lá foi seguindo, E os anos foram passando.... Noites de luar sorrindo, Noites de Inverno chorando!... E a barca da vida lá ia, Lentamente navegando... Quebrado o leme, rota a vela, Remos partidos.....lá ia ela, Baloiçando, baloiçando, Levando a minha alegria! Vida sem norte e sem rumo! Sem forças para navegar, Trago meus remos partidos, Ando à deriva no mar, Num mar de sonhos perdidos Que jamais pude encontrar!... Trago meus remos partidos, E mais não posso avançar. E por isso ando cantando, Com vontade de chorar! Remos partidos São meus poemas.... Poemas caídos, Na crista das vagas, Vogando sozinhos, Perdidos no mar!....
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